terça-feira, 22 de novembro de 2011

Servir e constrangir!

É engraçado quando a gente vê alguns movimentos sociais na televisão, e o pessoal criando eventos no facebook para vender cosméticos...

Será que só eu não curto cosméticos?
Quer dizer, até gosto, mas não sou aficcionada por eles... A mim basta um lápis preto e um batom, um perfumezinho suave e um bom creme hidratante para a mão e o corpo. Não estou recriminando quem gosta, longe de mim, por favor, não pensem isso, mas estou querendo chamar a atenção para algo um tantinho mais importante...

Onde está a consciência que deveríamos ter da nossa sociedade, que caminha a passos tortos, por tanta discriminação, imprudência, falta de respeito e amor ao próximo?

Há uns 4 meses, mais ou menos, ao buscar minha filha na escola, uma viatura de polícia vinha na direção contrária à minha, com os faróis altos acesos, às 16h40m, de uma tarde ensolarada.

Ofuscou minha vista, claro. O que fiz?
Sinalizei para que a motorista do veículo baixasse os faróis... Adivinha que a mocinha linda parou a viatura do meu lado para perguntar o que havia acontecido...

Alguém tem noção do que essa imbecil, com faróis altos às quatro da tarde, em um cruzamento perigoso e eu com uma criança no carro, poderia ter provocado?

Policial Militar, Policial Civil, Ronda Escolar, o que seja... Não importa o título, se acham deuses, podem tudo. Isso é o que precisa mudar!
Eles não são superiores a nós, estão ali para nos auxiliar, não para nos colocar em situações de risco ou de constrangimento.

Hoje está rodando pelos perfis de amigos e de amigos de amigos, uma foto tirada de um funcionário da CET, ao volante, falando ao celular. Por que, raios, ele pode e nós não?
Não atrapalha do mesmo jeito o trânsito? Ele não corre o mesmo risco que a gente ao fazer isso?
Sem contar as inúmeras vezes que já flagrei esses fiscais dirigindo pela cidade sem cinto de segurança... Isso não é uma infração grave?

Para nos multar, aplicar a lei, estão sempre prontos, mas para exercê-la, enquanto dever, tudo é esquecido.

Por isso, policiais militares e civis, dirigem com faróis altos durante à tarde, quando o Código de Trânsito Brasileiro rege, nos artigos 223 e 224, que não deve ser utilizado em locais iluminados ou com iluminação adequada e também não podem ofuscar a visão do motorista em sentido contrário. É infração grave, pode provocar acidentes... Mas não... Eles têm que mostrar que estão ali e a que vieram, afinal.

Intimidar o cidadão comum, que  busca o filho na escola, não tem problema. Isso é normal...

Até quando a nossa cultura permissiva vai permanecer assim...

Hoje penso que deveria ter anotado o número daquela viatura e a denunciado à Corregedoria, mas na hora, pensava apenas na segurança da minha filha: um bebê de 1 ano e 10 meses!

Tirou fotos, tem informações, anotem tudo! Anotem placas, número da viatura, horário, dia e local... Se possível o nome do infeliz que não atendia à política da corporação (porque eu tenho certeza que isso não faz parte da política da corporação), e denunciem. O telefone da Corregedoria da Polícia Civil de São Paulo está disponível no site da própria Polícia Civil, basta usar a ferramenta de busca.

Quando um amigo me foi assaltado e a delegacia arrumava qualquer desculpa para não realizar o boletim de ocorrência, quase 2 meses depois foi que conseguimos realizar esse feito, mas antes foi necessário um contato com a Corregedoria. O policial corregedor foi super útil e prestativo e nos pediu que se não conseguíssemos realizar na delegacia, naquele mesmo dia, que fôssemos até o prédio da Corregedoria, que fica na Rua da Consolação, nº 2333, para que lá eles aceitassem a denúncia.

Quer dizer, precisa tudo isso?
Se a função destes senhores é nos proteger e nos auxiliar, de onde vem essa gana de querer ser maior e melhor que qualquer cidadão comum que vive nesse país, cheio de contrastes e incertezas sobre tudo?

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